Voltam as obras e a vergonha aumenta

postado em: Cotidiano 2

As pinturas de Pablo Picasso e Candido Portinari foram furtadas do Masp (Museu de Arte de São Paulo) por ladrões de carro que não passaram das primeiras séries do ensino fundamental nem tinham noção nenhuma de arte.

A trecho acima é da reportagem da Folha de S. Paulo (leia aqui). Ou seja, os quadros retornaram ao MASP e, junto com eles, a vergonha do museu por ter sido roubado por ladrões sem experiência alguma nesse segmento. Ladrões esses que, aliás, já tinham tentado entrar anteriormente no MASP e, por incrível que pareça, a ninguém ocorreu reforçar a segurança. Pelo contrário, no dia do roubo os alarmes estavam desligados.

A polícia fez bem-feito o trabalho que lhe competia, mas nem sei se posso parabenizá-la por isso, visto que prender pés-rapados não é um feito tão louvável assim.

Triste ver o desleixo com que nossa cultura e obras de arte são encaradas. E é capaz desse marketing negativo servir até para aumentar as visitas ao museu, já que prevejo pessoas que jamais puseram os pés no MASP fazendo fila para ver as ‘obras roubadas’.

Seguir Emilio Calil:
Empresário, Palestrante e Escritor. ⚡ Fundador do Marketing de Transformação, que emprega técnicas de autoconhecimento e coerência para elevar o espírito de pessoas e empresas.

2 Responses

  1. Tatiane
    | Responder

    Que coisa não é? Os quadros sendo “descobertos” pela polícia logo depois do MASP ter conseguido as verbas do governo que tanto queriam….coisas do Brasil!!! Dois caras como disse “pés-rapados”, descendo as escadarias calmamente com dois ( dois!!!!!) quadros enormes como se tivessem carregando dois litros de leite…. e ainda sendo levados e escondidos atrás de um armário fuleiro em Ferraz de Vasconcelos????? Ora, por favor, se toda essa palhaçada for verdade, eu sou capaz de mudar meu nome!!!

  2. Emerson
    | Responder

    Pois é, fico imaginando o que esses “ladranetes” falaram depois do roubo “pronto, pegamos os quadros… que fazemos agora?”

    Por certo não estavam a par do valor das obras que tinham em mão. Pra quem venderiam? Para aquela senhora que queria enfeitar a parede da sala de jantar? Aqui no Brasil o que geralmente se vê estampado nas salas de jantar são réplicas mal feitas da Santa Ceia de Leonardo, e não por apreciarem Leonardo, mas sim a Ceia, só que na maioria dos casos nem sabem o nome dos personagens que compoem a cena, com excessão do Cristo geralmente ao centro.

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