Categorias: Cotidiano

Espaço, a fronteira final…

Assisti nesse fim de semana ao novo filme da série Star Trek, que reinicia a franquia contando a história da origem da famosa nave U.S.S. Enterprise e de seus tripulantes, em especial – claro – a do capitão Kirk.

Quando li as primeiras notícias sobre o filme, pensei: “Outro Star Trek? Será que já não é hora de parar?”. Então descobri que seria uma história de origem, recontando tudo desde o princípio, e pensei: “Outra franquia tentando se reinventar? Com certeza será um ‘Star Trek Teen‘. Hollywood está mesmo sem imaginação”.

Aí surgiram os trailers e a coisa começou a mudar um pouco. Parecia ter mais cenas de ação, os efeitos especiais estavam bacanas e os atores, apesar de jovens, não tinham aquele apelo “High School Musical” que eu temia. E, por fim, pensei: “Talvez esteja bom”.

Minha expectativa se confirmou após sair da sala do cinema. Não sou um ‘trekker’, mas assisti bastante a série clássica e estou familiarizado com toda a mitologia. O novo filme consegue combinar perfeitamente os elementos originais com os novos padrões de filmes de ficção científica, que exigem mais ação e desenvolvimento rápido da história.

O roteiro é bom. Nada extraordinário nem tão filosófico como na série original, mas para uma história de origem, passa. Os efeitos especiais estão ótimos, em especial as cenas de altitude e batalhas espaciais, que chegam a causar vertigem em certos momentos – impossível não comparar certos momentos com Star Wars. Em uma das cenas finais de batalha, a forma como a Enterprise surge para salvar o dia quando tudo parecia perdido realmente empolga, e trilha sonora consegue passar a emoção correta à cena.

Mas o que sempre fez de Star Trek um clássico eram os personagens, com suas peculiaridades e gênios distintos. E tudo isso está presente no novo filme. Os novos atores conseguem manter quase o mesmo apelo da ‘velha guarda’, com a diferença de que ainda são inexperientes e erram. Aliás, erros e burradas é o que não faltam no filme. Coisas que funcionavam perfeitamente na série não são ainda totalmente dominadas no filme, como a tecnologia do teletransporte, por exemplo, que mais de uma vez envia alguém para o lugar errado na hora errada. Mas a essência está ali. E as semelhanças dos atores novos com os antigos chega a ser assustadora em certos momentos.

A trama procura costurar elementos e situações diversas para chegar à formação clássica que conhecemos, com Kirk finalmente ocupando a cadeira de capitão da Enterprise. Os fãs antigos ficarão empolgados com a cena, e os mais novos, que não conhecem a série, terão aí um novo herói para admirar.

É um filme para ser visto no cinema, pois provavelmente não passará a mesma emoção no DVD, por maior que seja a TV de LCD em que você assista. Mas fica a dica: Se você, como eu, se decepcionou com Wolverine, vá se desintoxicar assistindo Star Trek.

Emilio Calil

Empresário, Palestrante e Escritor. ⚡ Fundador do Marketing de Transformação, que emprega técnicas de autoconhecimento e coerência para elevar o espírito de pessoas e empresas.

Ver comentários

  • Belo review Ervilho.. me empolgou ainda mais e já sabia que o novo filme de Star Trek não seria aquelas porcarias que já estamos acostumados a nos deparar quando o assunto é prequel. Mesmo porque nas mãos do genial J.J. Abrams e sua equipe, imaginei que seria ao menos um filme impecável qdo o assunto é a mitologia da série e seus personagens. Minha vontade só aumentou para ir assistir a nova aventura de Kirk, Spock e companhia... valeu pela indicação e "Vida Longa e Próspera" meu amigo ....
    Grande abraço e continue com esses posts sensacionais....
    Até...

  • Legal, mas eu vou esperar o DVD. Sei que no cinema a coisa deve ser fantástica, como fantástica foi aquela abertura em Star Wars III.

    Não sou fã ardente de Jornada mas gosto da série e a turma da Enterprise ficou realmente bem caracterizada, principalmente o Spock.

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Emilio Calil

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