O termo “ontocracia” foi criado pelo filósofo colombiano Antanas Mockus e se refere ao governo de si mesmo.
É um termo que vem da palavra grega “ontos“, que significa “ser” ou “realidade”, e “kratos“, que significa “governo” ou “poder”. Em outras palavras, a ontocracia é a capacidade de cada indivíduo de se autogovernar, de tomar decisões racionais e éticas sobre sua própria vida, e de agir de forma autônoma e responsável.
No entanto, o termo “ontocracia” não é comumente usado na teoria política contemporânea. Em vez disso, sistemas de governo são mais frequentemente classificados de acordo com outras categorias, como democracia, autocracia, oligarquia, etc.
Para muitas pessoas a ideia de uma ontocracia ainda está mais associada a abordagens filosóficas ou teorias políticas específicas, em vez de um sistema de governo prático. Mas na verdade a ontocracia vem se mostrando cada vez mais como a melhor alternativa à democracia.
Mockus argumenta que a ontocracia é fundamental para a construção de uma sociedade justa e próspera. Ele acredita que, quando os indivíduos são capazes de se governar, eles são mais propensos a cooperar uns com os outros, a resolver conflitos de forma pacífica e a contribuir para o bem comum.
A ontocracia não se trata apenas de autocontrole individual, mas também de autoconhecimento. Para se governar, é preciso ter um bom entendimento de seus próprios valores, princípios e objetivos. É preciso estar ciente de seus pontos fortes e fracos, e de suas emoções e motivações.
Devemos encarar as conexões sociais como o desenvolvimento natural que nos conduz à interconectividade colaborativa não-hierárquica, da mesma forma que as redes nervosas no corpo humano. A chave deste sistema é a Fractalidade: é replicável em todas as áreas e níveis, indo além dos limites do Estado.
O Sistema Ontocrático Evolutivo assenta os seus principais alicerces na geração de confiança entre os indivíduos, na sua diversidade e na valorização dos seus recursos inatos. Respeita as origens: religiosa, sexual, cultural ou filosófica, pois só vê indivíduos formando uma rede cujo valor mais importante é a capacidade de propor soluções e melhorar estruturas sem ir contra as já atuantes.
Neste sentido, a Ontocracia é um sistema que reconhece, respeita e integra cada uma das visões de mundo, através da soma das nossas capacidades individuais inatas. Fortalece a nossa confiança e nos considera responsáveis tanto pelas ações como pelas decisões conjuntas no sentido da resolução de conflitos comuns, valorizando, independentemente da origem, as contribuições daqueles que optam por participar.
Portanto, torna-nos absolutamente responsáveis por qualquer decisão de natureza pública, uma vez que elimina toda hierarquia e/ou intermediário, para concretizar e cumprir diversos projetos ou resolver problemas. Envolve-nos como parte ativa da economia do sistema, do aparelho judicial e do executivo; cada um de nós sendo investidores de nossa própria nação. Permite-nos participar internacionalmente e em nome de cada indivíduo, na tomada de decisões sem a intervenção dos interesses particulares de cada nação.
É também um sistema de articulação flexível em caso de tomada de decisão; portanto, as suas leis e regulamentos representam um quadro de segurança sem obstáculos ou impedimentos. Cada projeto, desde que financiado e encontre agentes correspondentes, é considerado para o seu desenvolvimento e implementação.
A Ontocracia reconhece a necessidade de uma mudança educacional e incorpora novas tecnologias cuidando do aspecto da interação humana. Da mesma forma, propõe um sistema eleitoral baseado na experiência, no conhecimento e na confiança, uma vez que rejeita o partidarismo ou a ideologia.
Finalmente, podemos concluir que o sistema ontocrata evolutivo busca melhorar o indivíduo social. A partir da sua participação e observância nas decisões político-econômicas que o envolvem, tem a liberdade de colaborar ou oferecer o seu contributo naquilo que deseja ou sente, de forma a promover uma sociedade plenamente ativa e com capacidade de análise e decisão.
Existem diversas maneiras de desenvolver a ontocracia. Algumas ferramentas úteis incluem:
A ontocracia é uma jornada contínua. É um processo de aprendizado e crescimento que dura a vida toda. Mas, com esforço e dedicação, é possível se tornar um indivíduo mais autônomo, responsável e feliz.
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