Nesses dias de feriado de carnaval, tudo o que eu queria era ter o mínimo de informações possíveis sobre carnaval. Recusei-me a ler, ouvir ou assistir qualquer coisa que fizesse menção a esse festejo imbecil do brasileiro. Gastei esses dias fazendo coisas que realmente me aprazem ao lado das pessoas que gosto. Verdade que tive que trabalhar quase todos os dias, mas trabalhei na tranqüilidade de casa.
Voltando ao carnaval, a gente nunca sabe quando será pego de surpresa por demonstrações de total falta de inteligência. Tudo bem, carnaval por si só é demonstração de total falta de inteligência, mas às vezes ocorrem ações combinadas que servem de prova cabal contra a teoria evolucionista de Darwin.
Como disse, fugi de toda e qualquer referência carnavalesca nesses dias, à exceção de poucos minutos na noite da segunda-feira. Iríamos assistir ao DVD de Piratas do Caribe: No Fim do Mundo. Antes do filme, aqueles últimos preparativos: um vai pegar a pipoca, outro o refrigerante, um terceiro vai ao banheiro, etc. Nesse vai-e-vem, acabei ficando sozinho no sofá por alguns minutos. E, sozinho, comecei a zapear os canais antes de começar o filme. Nisso, deparo com um desses programas de entrevistas, totalmente focado no carnaval. Pensei em assistir aos trailers do DVD enquanto aguardava, mas resolvi ver um pouco do programa. Afinal, que mal faria?
No programa, uma menina totalmente descerebrada entrevistava o jogador Romário, em um camarote no Rio. Com uma entrevistadora daquelas e um entrevistado daqueles, melhor seria ver estáticas na TV. Mas tudo bem, vamos dar chance à moça, pensei. De repente, a menina solta a pérola: “Romário, mil gols você já conseguiu, será que agora vai participar de mil carnavais?”
Sou contra a obrigatoriedade de diploma de jornalismo. Tenaz defensor da idéia de que qualquer pessoa pode exercer essa profissão sem precisar de faculdade, quase repensei minha posição ante aquela pergunta cretina. Mas, enfim, o que a menina estava fazendo ali não era jornalismo e a opinião de alguém como Romário também não serve pra nada. Além disso, era carnaval, o que serve como atenuante. Futilidade por futilidade, o idiota fui eu, que resolveu ver a entrevista.
Pelo menos Piratas do Caribe foi bom. Mas algo me incomoda até agora. Se, fugindo a todas as notícias de carnaval, presenciei tamanha imbecilidade em poucos minutos, o que será que eu não devo ter perdido nos outros dias?
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Interessante você ter tocado no assunto da obrigatoriedade de ser ter um diploma em jornalismo, pois é muito provável que essa jornalista o tenha, a prova de que um diploma de jornalismo não "faz um bom jornalista".
Mas existe a possibilidade também de que ela seja boa mas tenha sido obrigada a fazer a entrevista, e fazer da forma como foi feita, afinal de contas é o tipo de entrevista apropriada para o carnaval, quem assiste carnaval pouco interesse tem em noticias que realmente importem, que prestem pra algum coisa.