É possível transformar sua paixão em principal fonte de renda? Você pode ganhar dinheiro fazendo o que gosta? Costumamos ouvir muitas histórias de sucesso sobre pessoas alcançando essa ‘terra prometida’, mas isso é realmente possível para gente comum como eu e você? Ou esses poucos ‘sortudos’ das histórias tiveram apenas… sorte?
Li outro dia um texto de Scott Dinsmore, do site Live Your Legend, que me fez refletir sobre isso. Eu já publiquei um texto dele aqui anteriormente, mais ou menos sobre o mesmo assunto, mas este é um pouco mais incisivo e explicativo.
Após anos de pesquisa sobre esse tema ao redor do mundo, Scott aposta que existe alguma coisa que amamos fazer e que alguém ficaria feliz em pagar por isso neste exato segundo. Ele vai mais longe e diz ter absoluta certeza disso.
Por que as pessoas bem sucedidas parecem fazer sucesso também em outras áreas? Para Dinsmore, sucesso gera sucesso.
O que é essa coisa que permite 20% das pessoas fazer ótimos negócios e viver daquilo que amam, mas deixa os outros 80% do mundo continuar afundando, dia após dia, em trabalhos que não suportam?
Por que algumas pessoas pulam sem problemas de um projeto criativo e apaixonado para outro, vivenciando toda a sorte de sucesso pelo caminho, enquanto muitos não conseguem dar sequer o primeiro passo para descobrir suas paixões, deixando atrás de si uma carreira mal construída?
As dicas para isso não são enigmáticas, nem misteriosas e muito menos escondidas atrás de apertos de mão secretos. Elas não são complicadas e nem, na maioria dos casos, tão difíceis de seguir. Mas elas continuam sendo subutilizadas massivamente.
Essas questões tiraram o sono de Dinsmore por anos. E quando ele descobriu a resposta, viu que era muito simples.
As pessoas apaixonadas simplesmente sabem o que realmente é possível. Elas não têm dúvidas sobre as coisas que funcionam, portanto não pensam duas vezes em aplicar isso a tudo o que as entusiasme durante o dia.
O resto do mundo não conhece o primeiro passo para diferenciar o que dá certo e o que não dá. Mas não precisa ser assim. Nos últimos oito anos Disnmore tem vivido e respirado paixão. Ele realizou estudos de caso com centenas de trabalhadores apaixonados ao redor do mundo, conduziu diversas experiências e perfilou 14 grandes especialistas dentro e fora da web.
Ele ficou obcecado não apenas em saber como as pessoas encontram suas paixões, mas também como esses poucos ‘sortudos’ (e não tem nada a ver com sorte) são capazes de pular para o próximo nível e transformar essas paixões em carreiras seja como empreendedores ou empregados.
O objetivo era combinar a arte de descobrir sua paixão com a ciência de fazer dinheiro com isso. E o caminho não é complicado como você imagina. Viver da sua paixão é mais factível do que muitos pensam. Apenas devemos nos condicionar a isso. Vamos às explicações do próprio Dinsmore:
3 passos para converter sua paixão em fonte de renda – por Scott Dinsmore |
“Escolha uma profissão que você ama e nunca mais precisará trabalhar na vida”.
Confúcio
1 ) Separe a paixão da realidade
Você deve começar com o famoso ‘brainstorm‘ dos seus projetos de uma forma que encoraje o sucesso. Infelizmente, a maioria das pessoas faz exatamente o oposto.
Nossa reação imediata à uma nova ideia (de alguém ou mesmo a nossa) geralmente é pensar que não vai dar certo. Eu sei triste, mas verdadeiro. O problema é que quando você se torna crítico no momento em que a ideia surge, ela é repelida imediatamente. Às vezes você nem concluiu todo o raciocínio e alguém já está enumerando razões ‘óbvias’ pelas quais não dará certo. Aí você se sente estúpido e deixa pra lá.
Mas se a ideia fosse maturada mais cinco ou dez minutos num ‘brainstorm’ em um quadro branco, junto com uma sólida discussão aberta, criativa e sem crítica, é possível que essa ideia pudesse ter se tornado algo digno de mérito.
Imagine quantas ideias brilhantes foram eliminadas cedo demais devido a críticas prematuras.
Isso acontece com a paixão todos os dias mesmo se ela estiver somente dentro da sua cabeça. Muitas vezes, quando falamos com nós mesmos sobre nossas paixões, apenas nos permitimos brincar dentro de uma caixa limitada. Visto que o propósito é encontrar alguma coisa para ganhar dinheiro, nós descartamos subconscientemente as ideias totalmente fora do convencional. Sufocamos nossa própria criatividade sem nos darmos conta disso.
Para ter uma chance de perseguir sua paixão pessoal ou desenvolver um modelo de negócios que pode mudar o mundo, você precisa separar os estágios criativos e críticos.
Faça um ‘brainstorm’ dos sonhos mais loucos que puder imaginar sobre suas paixões e carreiras. Então, espere alguns dias uma semana ou mais antes de olhar para eles novamente com um pensamento prático e crítico. Para cada ideia doida que você tiver, estou certo de que alguém aí fora já transformou isso num modo de vida (e essa é uma boa notícia).
2 ) Seja o especialista que você JÁ é
Uma das barreiras mais comuns que impede a pessoa de ganhar dinheiro fazendo o que gosta é a crença de que não possui conhecimento suficiente para ser pago por isso.
Isso é completamente errado você sabe mais do que imagina. Ser um expert é totalmente relativo e baseado muito mais na percepção alheia.
O mais louco de tudo isso é que, uma vez que você encontre algo pelo qual é apaixonado, vai perceber que é algo que esteve aprendendo e aperfeiçoando por anos, talvez décadas. Você tem mais experiência com a sua paixão do que 99% daqueles que estão ao seu redor, simplesmente porque você ama fazer isso.
Se você vive neste mundo por pelo menos duas décadas, eu garanto que você é um especialista em alguma coisa. Dê crédito a si mesmo. Descubra o que é e encontre pessoas que precisam desesperadamente disso. Combine os dois e viver fazendo o que você gosta começará a ser uma realidade.
3) Faça o impossível
Por décadas acreditou-se que quebrar o limite de velocidade de uma milha em quatro minutos era cientificamente impossível. Até que Roger Bannister realizou essa proeza em 1954. E sabe o que aconteceu? Mais 16 pessoas quebraram esse limite nos três anos seguintes.
Ficamos muito condicionados a crer que não é possível construir uma carreira em volta da nossa paixão. Inúmeras pessoas odeiam seus empregos e muitas delas decidiram aceitar isso como um fato da vida. Essa visão muda ao conhecermos pessoas que nos mostrem outro caminho.
O ingrediente mais importante para amar seu trabalho e viver da sua paixão é se cercar de pessoas que já estejam fazendo isso. Você precisa reverter a lavagem cerebral que sofreu por anos. Passe um tempo com pessoas que vivem seus sonhos e viver sua paixão não apenas se tornará provável como, também, possível. Uma nova perspectiva de psicologia pode mudar o seu mundo.
Muitas obras, produtos e serviços não existiriam hoje se não fossem as ‘pessoas malucas’ com quem seus criadores passavam um tempo todos os dias.
Uma vez que alguém conheça o processo e esteja convencido não apenas de que funciona, mas que é realmente possível, seu potencial criativo e de negócios torna-se ilimitado. É só uma questão de tempo até você transformar essa paixão em uma carreira fantástica.
Comece cercando-se de pessoas que façam o impossível. Não olhe para trás.
Quem pode lhe ajudar a começar?
Geralmente o primeiro passo para viver sua paixão e o mais realista para quem está assustado com o futuro é começar a trabalhar com as pessoas uma a uma.
Lembre-se, existem coisas nas quais você é melhor (e aprecia mais) do que a maioria das pessoas que o cercam. E também existem pessoas procurando pela experiência que você tem.
Encontre a conexão certa e você pode começar a ganhar dinheiro fazendo o que gosta amanhã, se quiser. Precisa de reafirmação? Faça uma pesquisa por pessoas que estejam vivendo da paixão e habilidades que você tem. Será que todos eles são os próximos ‘Steve Jobs’? Eu duvido. Eles apenas decidiram concentrar suas energias aonde poderiam ajudar mais pessoas com o que sabem fazer bem.
A grande maioria das pessoas que não são capazes de monetizar suas paixões não desiste por falta de habilidade, nem por falta de credenciais ou por falta de experiência. Elas desistem por falta de criatividade e coragem.
Combine esses dois itens com alguma coisa que faça você se sentir vivo e o mundo baterá à sua porta para lhe oferecer dinheiro.
Atravessando o abismo: De 80% para 20%
Um estudo recente constatou que 80% das pessoas no mercado de trabalho não gostam de seus empregos. E aproximadamente 75% não sabe dizer qual sua verdadeira paixão. Isso não é coincidência e você não precisa estar nessa estatística.
O que aconteceria se pudéssemos reverter esses números? Pense nisso por um segundo.
Se pudéssemos obter uma renda por meio das coisas que nos aprazem, nosso trabalho não seria mais um fardo. Seria algo do qual nunca nos cansaríamos. O que rapidamente se tornaria algo do qual o mundo nunca se cansaria. Se pudermos fazer isso, então podemos, literalmente, mudar o mundo.
O primeiro centavo
O primeiro obstáculo para viver da sua paixão é acreditar que é possível ser pago para fazer o que você gosta para mostrar a si mesmo que você é capaz de ajudar pessoas e receber por isso. Seja R$ 1, R$ 15, R$ 100 ou R$ 1000, o ponto é dar um salto do grande ‘nada’ que você ganha hoje para receber alguma coisa (qualquer coisa) pelo que gosta de fazer.
As pessoas encontrarão valor naquilo que você tem a oferecer, mas você nunca saberá se não começar a oferecer.
Se você puder encontrar alguma coisa pela qual é apaixonado, você pode encontrar uma forma de transformar essa paixão em lucro. Existem exemplos demais de pessoas vivendo seus sonhos pelo mundo para acreditarmos no contrário. Você apenas precisa ter vontade de ser um pouco mais criativo.
E então, quando irá se juntar ao clube dos 20%?
As ferramentas estão na sua mão. O resto é com você.
Lucas José
Estou na fase em que não consigo mensurar o que realmente gosto, de descobrir até que ponto vou exercer isso com satisfação e deslumbramento, ainda mais como uma fonte de renda. Muito porque não tenho idéia se a minha paixão realmente é uma paixão, ou o que pode se tornar. Ultimamente me vejo gostando de algumas coisas, ou então sendo influenciado para isso, que acabo gerando certo questionamento.
Por exemplo, estou mexendo muito na internet e não é nada forçado, acontece naturalmente. Logo posso atribuir isso como sendo algo que falaria/exerceria por muito tempo e até de graça. Ou então, escrevendo isso nesse exato momento e sentir que estou gostando do exercício de pensar sobre o assunto do texto, sem me prender a nada ou me sentir acuado por não ter quase nenhuma experiência no mercado, mas querendo compartilhar, sabendo que não tenho nada para errar e que vou estar abrindo a mente.
Uma questão interessante é perceber até que ponto os seus hábitos e rotinas já não são uma paixão…Dai a transformar isso em uma idéia ou projeto, fazendo dela uma profissão ou então buscar uma área que tenha relação com as coisas que você gosta de fazer, já é “outros quinhetos”. Vai da criatividade.
Gostei,