Chegamos à oitava parte dos 100 melhores jogos de todos os tempos para videogame. Aposto que os títulos exibidos nesta lista lhe trarão boas lembranças. Muitos dos jogos listados aqui possuem um lugar especial no coração dos fãs e alguns deles possuem histórias muito mais elaboradas do que certos filmes.
Foram tardes e tardes salvando princesas, enfrentando inimigos terríveis, conquistando ‘pole positions’, protegendo a Terra de invasões alienígenas e, no meio de tudo isso, parando para disputar uma partida de futebol. Aproveite para deixar nos comentários as suas recordações sobre seus jogos favoritos. Você pode ver a lista completa de jogos clicando aqui.
30 The Legend of Zelda: Ocarina of Time |
Console: Nintendo 64 | Fabricante: Nintendo | Ano de lançamento: 1998
O jogo: Uma das maiores obras primas do RPG em sua primeira (e espetacular) versão 3-D. Uma combinação perfeita entre um visual de tirar o fôlego e uma história excelente, criando um mundo de fantasia extremamente verossímil.
Por que está na lista: The Legend of Zelda é uma das melhores séries de videogame de todos os tempos. E Ocarina of Time não apenas manteve a alta qualidade das versões anteriores como conseguiu introduzir novos elementos em uma mecânica já perfeita. Pela primeira vez, Link monta em um cavalo para percorrer as enormes distâncias entre os labirintos. Desafiador e divertido, o jogo oferece puzzles inteligentes, gráficos bonitos e detalhados, música e efeitos sonoros memoráveis (alguns extraídos dos jogos anteriores). The Legend of Zelda: Ocarina of Time é, sem dúvida, um divisor de águas para o Nintendo 64 e um dos melhores jogos de todos os tempos. Mágico e excitante, melancólico e alegre ele possui tudo o que os jogadores procuram em uma grande aventura. Simplesmente magnífico.
O melhor momento: A possibilidade de atirar com arco e flecha enquanto corre a cavalo.
O enigma da pirâmide: Rumores sobre uma misteriosa pirâmide no deserto de “Haunted Wasteland” surgiram entre os jogadores, que acreditavam ser essa mais uma fase escondida no jogo. Infelizmente não existe tal pirâmide, é apenas um “bug” do cenário, como confirmou a própria Nintendo, mais tarde.
Menção honrosa: The Legend of Zelda: Majora’s Mask (Nintendo 64), The Legend of Oasis (Saturn), The Legend of Zelda: Wind Waker (GameCube).
29 The King of Fighters ’98: The Slugfest |
Console: Neo Geo | Fabricante: SNK | Ano de lançamento: 1998
O jogo: A quarta versão desse sensacional jogo de luta que reúne os personagens mais famosos da SNK em times de três contra três para um torneio anual.
Por que está na lista: É a melhor versão de KOF já lançada e, sem dúvida, a mais divertida de se jogar. O jogo reuniu o que havia de melhor nas versões anteriores, adicionou alguns elementos novos e aprimorou sua já excelente jogabilidade. Considerado por muitos como o melhor jogo de luta 2-D da história, KOF ’98 cativa pelos seus belos gráficos, cenários detalhados e por ter a melhor trilha sonora da série. Uma versão lançada para o Dreamcast em 1999 manteve os lutadores 2-D, mas acrescentou cenários 3-D é tão boa quanto a orignal, mas jogar no Neo Geo ainda é mais divertido.
O melhor momento: Deixar o próprio jogo montar seus times aleatoriamente. Não importa quais os personagens escolhidos, todos são fantásticos para jogar.
Nem tudo é perfeito: Apesar de ser um “dream match”, a SNK não incluiu o “dream team” dos vilões (Geese Howard, Wolfgang Krauser e Mr. Big) de King of Fighters ’96. Esse erro foi corrigido anos mais tarde, num relançamento do jogo para PlayStation 2.
Menção honrosa: King of Fighters ’95 (Neo Geo), Real Bout Special (Neo Geo), Art of Fighting 3 (Neo Geo).
28 Contra 3: The Alien Wars |
Console: Super NES | Fabricante: Konami | Ano de lançamento: 1992
O jogo: É muito semelhante ao Contra original, só que milhares de vezes mais intenso.
Por que está na lista: Pense numa sobrecarga dos seus sentidos. Esse jogo tem tudo: chefes enormes, fases em Mode 7, jogabilidade profunda tudo isso embalado em uma bela atmosfera pós-apocalíptica. Você tem o mesmo ótimo controle do jogo original, exceto que agora possui novos movimentos, e a habilidade de carregar e trocar entre duas armas diferentes. Mas o que realmente faz com que este jogo esteja na lista são seus chefes de fase. Um não pode ser derrotado da mesma maneira que o outro meu favorito é o robô gigante que atravessa a parede e despeja várias bombas-relógio em você.
O melhor momento: Vencer o jogo nos modos ‘Normal’ ou ‘Hard’ e assistir o chefe final correr atrás de você, enquanto se segura em um helicóptero. E, é claro, jogar simultaneamente com um amigo.
Onde já vi isso antes: Assista atentamente à abertura de Contra III: The Alien Wars. Hmmm… Talvez o pessoal por trás de Independence Day seja fã desse jogo, não acha?
Menção honrosa: Contra: Hard Corps (Mega Drive).
27 Axelay |
Console: Super NES | Fabricante: Konami | Ano de lançamento: 1992
O jogo: Um vibrante e dinâmico jogo de nave que alterna fases em ação horizontal e vertical. E possui muitos (eu disse muitos!) efeitos em Mode 7.
Por que está na lista: Simplesmente porque Axelay é um jogo fantástico. Os cenários ganham vida com o esplendor do Mode 7, enquanto os chefes gigantescos possuem animações impressionantes. O jogo exige mais estratégia do que a maioria dos títulos desse gênero, também, visto que você precisa escolher as armas certas para usar em cada fase. Faça uma escolha errada e você vai sofrer bastante.
O melhor momento: Os chefes de fase. Qualquer um deles. São simplesmente fantásticos de se olhar.
Curiosidade: Se terminar o jogo três vezes seguidas no modo ‘Hard’, você verá a frase “Axelay 2 Coming Soon” (Axelay 2 Em Breve) aparecer após o final. Todo esse trabalho pra nada, visto que essa sequência nunca foi produzida.
Menção honrosa: Space Megaforce (Super NES), Robo Aleste (Sega CD), Silpheed (Sega CD).
26 Ninja Gaiden |
Console: Xbox | Fabricante: Tecmo | Ano de lançamento: 2004
O jogo: A primeira encarnação 3-D das aventuras de Ryu Hayabuza e definitivamente um dos melhores jogos de ação de todos os tempos. Ninja Gaiden mescla perfeitamente temas místicos com elementos hi-tech em um jogo de fazer cair o queixo.
Por que está na lista: É uma obra-prima da tecnologia. Intenso, desafiador e com uma jogabilidade única. Apesar do visual totalmente remodelado, Ninja Gaiden consegue resgatar a mesma sensação dos seus ancestrais de 8 bits, acrescentando novos elementos como exploração e solução de enigmas. A história é bem elaborada, as fases são as mais diversificadas possíveis e você tem um controle sobre o personagem que pouquíssimos jogos oferecem. Ninja Gaiden também é extremamente difícil, chegando aos limites do impossível e obrigando os jogadores a dominar perfeitamente as técnicas de luta. O jogo ainda possui muitos segredos escondidos, como a possibilidade de habilitar os três primeiros Ninja Gaidens de NES. Simplesmente impecável.
O melhor momento: A sensação de bem-estar após desferir uma seqüência de golpes nos inimigos e finalizar com uma decapitação. Os adversários são tão difíceis que suas mortes se tornam prazerosas.
Você não odeia quando: Os malditos ninjas negros plantam um shuriken explosivo no seu corpo? É bom ter um estoque de poções para recuperar energia.
Menção honrosa: Onimusha 3 (PlayStation 2), Shinobi (PlayStation 2), Ninja Gaiden 2 (PlayStation 3 e Xbox 360).
25 Super Mario Kart |
Console: Super NES | Fabricante: Nintendo | Ano de lançamento: 1992
O jogo: Corrida de kart para um ou dois jogadores estrelando os mais famosos personagens da Nintendo.
Por que está na lista: Apesar de Mario Kart 64, de Nintendo 64, e Mario Kart: Double Dash!!, de GameCube, serem visualmente superiores e extremamente divertidos, o original de 16 bits ainda é um épico. O que o torna melhor? O design das fases. Embora as pistas de Super Mario Kart sejam mais curtas, elas possuem mais atalhos e são mais divertidas no geral. As pistas da “Battle Course” são mais compactas e mais bem desenhadas do que no Nintendo 64, por exemplo. E não se pode esquecer o item da pena, que lhe permite saltar cascos, buracos na pista e pegar atalhos.
O melhor momento: Utilizar o cogumelo turbo e realizar um grande salto para alcançar várias posições.
Mario Kart sem o Mario: Esse jogo incialmente não havia sido concebido para ser um jogo do Mario. No conceito original os pilotos eram personagens genéricos. A ideia de incorporar Mario (e os outros personagens) no jogo surgiu somente após dois ou três meses do início do desenvolvimento. Essa escolha foi feita após a equipe de desenvolvimento notar que os karts se pareciam muito uns com os outros e, para diferenciá-los, decidiram incluir o Mario para ver como ficaria. Como o resultado ficou melhor do que o esperado, nasceu Super Mario Kart.
Menção honrosa: Sonic R (Saturn), Diddy Kong Racing (Nintendo 64), Mario Kart 64 (Nintendo 64).
24 International Superstar Soccer Deluxe |
Console: Super NES | Fabricante: Konami | Ano de lançamento: 1995
O jogo: Segunda versão do International Superstar Soccer lançada para Super Nintendo e um dos mais consagrados jogos de futebol de todos os tempos.
Por que está na lista: Foi um jogo que fez história. Era impossível encontrar algum garoto em meados dos anos 90 que não fosse fanático por International Superstar Soccer Deluxe. O jogo possui gráficos fantásticos, personagens com animações realistas, ótima velocidade e efeitos sonoros impecáveis. É possível reconhecer jogadores famosos como Valderrama, Baggio, Ravanelli e Petkov, mas com nomes fictícios como ‘Janco Tiano’, ‘Tito Mancuso’ e outros memoráveis. Sem mencionar que esse jogo é o responsável pelas séries Winning Eleven e Pro Evolution Soccer lançadas posteriormente. Seria fácil incluir qualquer versão atual desses jogos neste Top 100, mas o ISS Deluxe mantém um ar de ingenuidade e diversão que se perdeu quando a série se tornou ‘profissional’ demais.
O melhor momento: As narrações. Em uma época em que os jogos estavam começando a ser lançados em CD e tinham uma qualidade de áudio perfeita, a Konami fez um trabalho impecável ao incluir narrações reais em um cartucho de 16 bits.
No Japão: A versão japonesa desse jogo, conhecida como Jikkyou World Soccer 2: Fighting Eleven, possui mais movimentos de personagens e dribles que foram removidos da versão americana. Estranho, não?
Menção honrosa: Winning Eleven 8 (PlayStation), Pro Evolution Soccer 2010 (PlayStation 2), Pro Evolution Soccer 2012 (PlayStation 3).
23 Gradius II: Gofer no Yabou |
Console: PC Engine Super CD-ROM² | Fabricante: Konami | Ano de lançamento: 1992
O jogo: Um intenso shooter espacial repleto de ótimos gráficos e música. Ele pega o Gradius original, melhora-o em todos os aspectos e firma-se como uma das versões mais incríveis de toda a série.
Por que está na lista: Gradius é uma das melhores séries de jogos de nave já produzidas. E Gradius II é a evolução natural. Apesar da versão de NES (lançada apenas no Japão) ser mais popular, foi no PC Engine que o jogo mostrou todo o seu potencial em uma conversão quase perfeita do arcade. Essa versão em CD (a única a ser lançada em terras ocidentais) conta ainda com uma abertura animada e uma fase inédita que reúne elementos e inimigos de outros jogos como Life Force e Gradius III, além de músicas e efeitos sonoros melhores e mais limpos.
O melhor momento: Enfrentar inimigos que não possuem a mínima razão de estarem ali, como um gigantesco pássaro flamejante ou os famosos moais da Ilha de Páscoa. São fugas da realidade como essas que tornam um jogo grandioso.
Segundos intermináveis: O CD de Gradius II do PC Engine possui um demorado ‘loading’ para carregar as fases e, na maioria das vezes, você se pegava com a orelha grudada no aparelho para verificar se o CD ainda estava rodando. Geralmente estava.
Menção honrosa: Gradius III (SuperNES), Darius Twin (Super NES), Sol Feace (Sega CD), Einhander (PlayStation).
22 Super Ghouls ‘n’ Ghosts |
Console: Super NES | Fabricante: Capcom | Ano de lançamento: 1991
O jogo: Um dos jogos de ação lateral mais intensos graficamente jamais vistos para o Super Nintendo. E também um dos mais difíceis.
Por que está na lista: É ainda melhor do que o Ghouls ‘n’ Ghosts para o Mega Drive também presente nesta lista, no 49º lugar. Super Ghouls ‘n’ Ghosts introduz melhores gráficos, uma trilha sonora estonteante, uma jogabilidade bem árdua (é conhecido por ser um dos jogos mais difíceis de todos os tempos) e, é claro, o famoso pulo duplo.
O melhor momento: Ser transformado em bebê pelo bruxo e tentar com todas as forças não ser atingido pelos outros inimigos até voltar à sua forma normal.
Não foi sensacional: Ligar o Super Ghouls ‘n’ Ghosts no seu Super Nintendo pela primeira vez e assistir à introdução em Mode 7 da princesa sendo sequestrada no castelo? Fantástico.
Menção honrosa: Ghosts’n Goblins (NES), Ultimate Ghouls ‘n’ Ghosts (PSP).
21 Final Fantasy VII |
Console: PlayStation | Fabricante: Square | Ano de lançamento: 1997
O jogo: Um RPG dividido em três CDs com cenários pré-renderizados, personagens poligonais, integração perfeita com animações em computação gráfica e muito mais. Se você nunca ouviu falar desse jogo, provavelmente esteve em coma nos últimos 15 anos.
Por que está na lista: É uma obra de arte. Ele pode ter ido um pouco mais para o lado de um ‘filme interativo’ e menos para o ‘RPG’ do que as versões anteriores de Final Fantasy, mas ainda é um dos (em sua maior parte) jogos mais belos e com melhor trilha sonora de todos os tempos. A história é absurdamente boa e você se torna tão envolvido com os personagens que sente como se os conhecesse há anos (como em qualquer jogo de Final Fantasy). Um clássico inesquecível.
O melhor momento: A forma como certas partes do jogo se mesclam com as animações em CG de forma suave, quase perfeita.
Continuação: Esse jogo (e seus personagens) fez tanto sucesso e se tornou tão querido entre os fãs da série que a Square resolveu presenteá-los, em 2005, com uma continuação da história em forma de um anime em computação gráfica, chamado de Final Fantasy VII: Advent Children. O resultado ficou tão bom que esse filme poderia figurar facilmente entre as 100 melhores animações de todos os tempos. E para sua alegria, o DVD foi lançado no Brasil. Veja o trailer aqui.
Menção honrosa: Final Fantasy VIII (PlayStation), Shining Force III (Saturn), Final Fantasy X (PlayStation 2).
Lucas José
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Camila Teixeira
Mentira, Legend of Zelda Ocarina em 30 nunca!