Já faz uns três meses que, ao menos uma vez por semana, quase sempre lá pelas 7h da manhã, ouve-se um forte estrondo na minha rua e a energia acaba. A explosão ocorre em um poste da esquina e é tão forte que consegue acionar o alarme de carros estacionados por perto. Já fui vítima dela inúmeras vezes – na maior parte, ocorre bem quando estou no meio do banho, ensaboado. A água quente fica gelada e meu sangue ferve.
A energia só volta lá pelas 9h da manhã, quando um caminhão da Eletropaulo aparece para arrumar o problema. Arrumar, bem entendido, no sentido paliativo, pois na semana seguinte nova explosão é esperada.
Nesse último domingo, quase no mesmo horário, o poste explodiu novamente. Eu, ainda na cama, ouvi o estrondo. Como também caía uma chuva suave, resolvi não dar importância ao fato e embalei mais umas horas de sono. Ao levantar, lá pelas 10h30: Surpresa! Nada de luz. Imaginando que nenhum vizinho tentou ligar para a Eletropaulo a fim de comunicar o ocorrido, resolvemos tomar a iniciativa. E, então, outra surpresa. O telefone impresso na conta de luz (0800 72 72 196), cujo propósito é justamente comunicar ocorrências como essa (24h por dia!), dava sempre ocupado. Na única vez que consegui ouvir o tom de chamada, o sinal de ocupado veio logo em seguida. Arrisquei outros números que apareciam na conta e fiquei ouvindo música até a linha cair. Duas horas de tentativas depois, desisti.
Passei o dia em companhia de livros. Ao menos consegui adiantar algumas leituras pendentes. Mas com o domingo nublado, a luz que entrava pela janela escasseou-se rapidamente. Lá pelas 14h30 surge o caminhão da Eletropaulo. Pára frente ao poste, encosta a escada e começam os reparos. Vinte minutos depois, o poste explode de novo. Corremos para a rua para ver se o técnico tinha sido atingido. Estava são e salvo, já dentro do caminhão que, por sua vez, deu meia-volta e foi embora. Dizem que foi visto em outras ruas do bairro, o que me fez crer que a pendenga não era apenas naquele único poste. Só foi reaparecer no final da tarde, creio que lá pelas 17h30. Novamente tentam resolver o problema e novamente o poste explode. Só voltamos a ter luz em casa definitivamente às 19h10.
Esse é o famigerado “apagão” que, diziam, não mais iria assombrar os brasileiros. Alguns analistas afirmam que o país enfrentaria problemas de energia em 2009. No caso do meu bairro, chegou com vários meses de antecedência. A impossibilidade de comunicação com a Eletropaulo só veio reforçar ainda mais meu anseio pela privatização dos serviços de energia do país. Anseio esse, claro, utópico.
Na segunda-feira, pelo rádio, fiquei sabendo que houve problemas de energia em outros locais da cidade, também. Na conta de luz há o número da ouvidoria da empresa. Estou fortemente tentado a ligar lá dia desses para questionar sobre o ocorrido. Mal posso esperar pela desculpa enlatada que eles devem ter arrumado.
Emerson Freire
Bom, tive um problema assim dias desses. Uma pipa causou todo o problema, não sei ao certo como aconteceu mas o fio da pipa fez o poste explodir também. Algumas horas depois a Eletropaulo resolveu, acho que no seu caso o problema é a Mooca, hahaha, mude de lá.
Alessandro Treguer
Emerson, não quero parecer prepotente, mas, sabia que o nível sócio econômico dos bairros de São Paulo é medido pela quantidade de pipas presas aos postes? Imagino que se você ficou sem luz por causa disso, não é o Emilio que deve sair da Mooca… talvez seja você que deva sair da Xabilândia… kkkkk
Brincadeira, amigo, amigo, amigooooooo
Emerson
Pior é que é verdade Rajah. Só que não moro da Xabilândia, mas fica lá perto.
Rod
Aveeeeeee, para.
Que muda de Bairro o que, mudem de pais enquanto ainda ‘e tempo.
Pelo amor de Deus..BRasil cada dia que passa, ta afundando mais, tenho pena de meus amigos e minha familia.
Sorte pra todos.
AleGT
Sei bem disso porque aqui os postes estão lotados de pipas também…. Aeeee Rod… Mande passagens pra nós… Aceito qualquer lugar menos Oriente Médio e Africa, blz?
Rod
Alegt- PO bem que gostaria cara, se eu ficar milionario, ajudo todos meus amigos a sairem do BRasil, deixa essa merda afundar.