Sobre a crise

Nesses tempos conturbados do mercado financeiro mundial, vejo muitas pessoas se regozijando ao apontar o dedo para os Estados Unidos e exclamar: “Bem feito! É o fim do império! É a prova de que o capitalismo está em ruínas”.

Essa gente faria melhor se usasse o dedo para tirar cêra do ouvido. Ora, crise por crise, o Brasil vive aos tropeços desde que o Cabral aportou por estas bandas. Quem espera ver os EUA irem à bancarrota, que espere sentado. Quem espera ver o fim do capitalismo, que se mude para a China, Cuba, Venezuela ou Bolívia.

A tal crise passará, os mercados voltarão a reagir e tudo será como antes. Não é previsão ou professia, é fato. E aos que torcem pela destruição dos EUA seria bom repensarem seus conceitos. Bem ou mal, eles são o último bastião daquilo que se entende por “liberdade”. Caindo eles do cenário mundial, quem estaria qualificado para tomar o lugar? A China que censura palavras como “democracia” e “liberdade de expressão” no Google? Algum país islâmico que condena à morte quem não se curvar ao alcorão? Cuba, o ‘paraíso comunista na terra’, onde só há um canal de TV, uma marca de pasta de dentes, uma marca de cerveja e onde uma médica formada se prostitui por US$ 25? O Brasil, cujos principais produtos de exportação são mediocridade, falta de cultura, Pelé e Paulo Coelho?

Os que gostam de falar mal dos EUA deveriam torcer para que o país se recupere rápido, pois continuariam tendo a liberdade de criticá-los. Assumindo outro em seu lugar, as línguas opositoras se calarão da noite para o dia.

Emilio Calil

Emílio Calil é empresário, palestrante e mentor de líderes. Fundador da Quickening, atua no desenvolvimento humano e corporativo unindo ciência, espiritualidade e estratégia de negócios. Com experiência em marketing, comportamento e gestão, ajuda empresas e pessoas a integrarem consciência e performance no cotidiano.

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1 comentário em “Sobre a crise”

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