A Super Máquina: 25 anos depois

postado em: Cotidiano 2

Um vôo de sombras ao mundo perigoso de um homem que não existe. Michael Knight: Um jovem solitário em uma cruzada para defender as causas do inocentes, dos desamparados, dos fracos e oprimidos em um mundo de criminosos que sobrepõem a lei.

Assisti ao episódio-piloto da nova versão de Knight Rider, conhecida no Brasil como Super Máquina. Quem viveu a infância nos anos 80 lembra bem dessa série, onde o justiceiro Michael Knight combatia o crime ao volante de KITT, um indestrutível Pontiac Trans-Am preto dotado de inteligência artificial – e um pouco de sarcasmo. Aquele carro – junto ao inigualável Mach 5 – povoou meus sonhos de garoto que, ingênuo, acreditava ser KITT realmente capaz de falar e fazer todas aquelas acrobacias mirabolantes. Bons tempos.

Pois bem, Knight Rider retorna à TV. A nova série já ganha pontos por não ser remake, mas continuação direta da original. O novo piloto de KITT é Mike Traceur, filho de Michael Knight, e trabalha com o criador dos carros (o antigo e o novo), Charles Graiman, interpretado pelo arroz-de-festa Bruce Davison. E por falar em KITT, a nova ‘super máquina’ agora é um Ford Mustang Shelby GT500KR de cair o queixo. Para alegria dos fãs, as famosas luzes vermelhas continuam no capô.

Infelizmente, se você estava acostumado à antiga dublagem em português, onde o carro tinha voz grave e fortes tons sarcásticos, estranhará o calmo e insípido Val Kilmer como KITT, que não consegue dar ‘personalidade’ ao carro. Talvez melhore nos futuros episódios. As habilidades do veículo ainda não foram exploradas. Sabe-se que o carro é feito com nanotecnologia e se auto-regenera de avarias, além de se ‘camuflar’ em variações do Mustang. Senti falta do famoso salto sobre obstáculos. Quem sabe mais pra frente.

A história em si é fraca e repleta de clichês, com direito ao momento em que o herói desiste de pilotar KITT, mas volta atrás devido ao senso de justiça responsabilidade. O clímax do elo com a série antiga é a brevíssima aparição de um velho e acabado David Hasselhoff, que revive seu papel como Michael Knight. É o momento em que, inevitavelmente, voltamos ao passado. Outra surpresa é o nome de Glen A. Larson nos créditos. Larson, que hoje deve ter uns setecentos anos, foi o produtor do primeiro Knight Rider, além de inúmeras outras séries.

Mas não se deixe enganar pelos clichês, pois a série de 1982 também era cheia deles. Leis da física são desafiadas sem constrangimento (KITT, parado, é atingido por um furgão e não se move um milímetro), mas você acaba perdoando tudo isso. Em uma época onde as séries precisam de mistérios complexos para atrair a atenção, a ingenuidade faz dessa nova Super Máquina uma continuação à altura da original. Recomendo.

TRAILER:
http://www.youtube.com/watch?v=-Xmw9pgy5Mg&feature=related

PREVIEW DE 2 MINUTOS:
http://www.youtube.com/watch?v=7e9wgshS0qI

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Empresário, Palestrante e Escritor. ⚡ Fundador do Marketing de Transformação, que emprega técnicas de autoconhecimento e coerência para elevar o espírito de pessoas e empresas.
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2 Responses

  1. Emerson Freire
    | Responder

    Humm… eu pensei que eles iam fazer um filme e nao uma continuação da série. Mas eu gostava muito do seriado, só não sei se vou conseguir digerir bem esse negócio de “camuflagem”. Agora virou moda falar de “nanotecnologia” para explicar coisas imposíveis de se fazer, antigamente era a energia atômica que transformava pessoas em monstros verdes ou mortais superpoderosos capazes de desferir rajadas de prótons. Sendo assim, é bem coerente a versão das meninas superpoderosas que foram feitas a partir de “tempero, acúcar, tudo o que há de bom e um poubo de ELEMENTO X”.

  2. Emerson Freire
    | Responder

    Acho que estou me tornando uma pessoa chata.

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