Entre ontem e hoje, em todos os sites de notícias – e até em jornais gratuitos distribuídos nos faróis, lia-se a seguinte notícia: “Promotor mata motoqueiro em SP”.
Quem passa os olhos correndo na manchete e não se dá ao trabalho de ler a notícia completa, certamente irá pensar que um inocente motoqueiro foi covardemente assassinado por um inescrupuloso promotor de justiça, exemplo da burguesia opressora e tirana que assola este país. Claro, nada está mais longe da verdade e quem acredita nisso não passa de um imbecil funcional.
A história, conforme relata o site do UOL, ocorreu da seguinte forma (leia na íntegra aqui):
O promotor de Justiça de São Paulo Pedro Baracat Guimarães Pereira, de 42 anos, estava em seu Honda Civic aguardando a abertura do semáforo no Ibirapuera quando foi abordado pelo motoqueiro, que anunciou o assalto e exigiu o relógio dele […]. Segundo o promotor, o motoqueiro levou a mão à cintura e Pedro Baracat imaginou que ele fosse sacar uma arma. O promotor, então, pegou sua pistola e disparou contra o motoqueiro, fugindo em seguida. De acordo com a Secretaria de Segurança, o promotor comunicou o fato à polícia e dirigiu-se ao DEIC. Depois de prestar depoimento, ele foi liberado.
O motoqueiro foi identificado como Firmino Barbosa, de 30 anos. […]. De acordo com a secretaria, duas testemunhas confirmaram à polícia a versão do promotor […]. Com Barbosa, foram encontrados cinco relógios e alguns documentos. A pistola do promotor, a motocicleta e os relógios foram apreendidos. Conforme a polícia, a placa da moto estava apagada.
Então, como se percebe, a manchete da notícia deveria ter sido “Promotor mata assaltante em SP”. Pedro Bacarat agiu em legítima defesa. Além do mais, ele comunicou devidamente o ocorrido à polícia, como deve ser feito em casos assim. Era o mínimo que se esperava de um promotor – não pretendo ensinar um padre a rezar.
A questão é que a forma como a notícia foi passada deixa a impressão de que quem estava errado era o promotor e não o assaltante. A imprensa esquerdista, sempre conivente com o crime e com criminosos, jamais daria o braço a torcer, então torceu a notícia. Ora, o motoqueiro tinha cinco relógios, alguns documentos (não detalham se eram RGs ou coisa assim) e a placa da moto apagada, portanto, no mínimo, era suspeito. Dizem que não tinha passagem pela polícia, o que não significa nada – mostra apenas que não fora peso antes.
As últimas notícias que vi falam que a arma do promotor era das forças armadas, que não estava em seu nome, etc. Ou seja, pintam-no como um monstro. Se o leitor der uma olhada na notícia do UOL, verá ainda que no final são citados casos de outros promotores que realmente cometeram crime, querendo incluir Pedro Bacarat nesse mesmo grupo. Tivesse o motoqueiro matado o promotor, a imprensa noticiaria o fato com tanto ardor? Preocupar-se-ia em saber onde o assaltante conseguira a arma? Claro que não. Capaz ainda que transformasse o meliante em herói, ‘vítima da sociedade’ ou coisa parecida.
Visto que muitos dos nossos governantes foram (ou ainda são) assaltantes, guerrilheiros e seqüestradores, nada mais lógico do que a imprensa lhes prestar a devida homenagem enaltecendo o crime e tiranizando quem se opõe a tudo isso.
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Caro Emílio, gostei de sua abordagem a respeito. Anos atrás sofri problema semelhante e a imprensa só fez enxovalhar meu nome. Na época erigiu o "assaltante" ao estatus de "estudante". Vale lembrar, na presente situação, que o Dr Pedro representou contra o Dr Rodrigo Pinho, Procurador Geral, em razão deste último estar endossando falcatruas dos Governos de Plantão, tanto do Estado como da Prefeitura. Fosse o Sr. Procurador Geral isento e correto, como se espera nesses casos, ele se declararia suspeito e se afataria das apurações que o caso exige.
Achei interessante o seu artigo, mas gostaria de salientar, que independentemente do fato de ser legítima defesa (ou nÃO ) o que deve ser levado em consideração, é que mencionado promotor cometeu o crime de portar arma de uso restrito, o que fere a lei denominada "Estatuto do Desarmamento", que se encontra em pleno vigor, devendo ser processado por referido crime, ou será que por ser promotor, nada pode acontecer a ele, sobre esse fato?
Cristiane,
Não discordo de você. Crimes devem ser julgados como tal. Mas faço duas perguntas:
1 - Fosse a arma do promotor legal, mudaria alguma coisa?
2 - Por que a imprensa não faz o mesmo escândalo para os fuzis AR-15 dos traficantes? A eles é permitido usar esse tipo de arma?
E, sim, nada acontecerá a esse promotor, pelo fato dele ser promotor. Acredite, ele está 'dormindo na pia' de tanta preocupação. Injusto? De fato. Cabe a nós, brasileiros, exigir mudança. Mas antes disso, vamos exigir um verdadeiro combate ao crime, como deve ser feito, em vez de passar a mão na cabeça de marginais e dizer "coitadinho, é vítima da sociedade".
Acho que nao ha duvida de que o Promotor cometeu crime de porte ilegal de arma de uso restrito e nao regsitra no proprio nome. Como Promotor deveria ser o primeiro a dar exemplo e nao tentar abusar pelo fato de ser promotor. Como podera continuar a processar outros por porte ilegal? Gostaria de ver algumas denuncias desse Promotor a cidadoes comuns por porte ilegal de arma. Pessoalmente eu nao gostaria de ver este promotor perder a carreira por crime de porte de arma de uso restrito mas deve responder por porte ilegal e nao tenho duvida que sera condenado. Infelizmente acho que a carreira deste promotor esta terminada. Talve possa continuar a ser promotor mas nao devera mais ocupar posicoes de destaque como a do controle externo da policia.