Estou entupido de trabalho nessa semana, envolvido em três grandes projetos simultâneos que me tomam todo o tempo disponível. O dia com 24 horas tem sido pouco. Chego cedo na empresa e não tenho hora pra sair. Geralmente vou embora às 23h, para continuar trabalhando em casa.
Mas notei um grande benefício nesse horário maluco. Faz três dias que não coloco gasolina no carro. Voltei da empresa para minha casa em 20 ou 30 minutos. Se vou embora às 18h, esse tempo não é inferior a 1 hora, dado o insuportável trânsito de São Paulo.
Talvez a solução para o caos da cidade seja o remanejamento de horário nas empresas. Metade da população trabalha de dia, a outra de noite, e o comério fica aberto 24h. Tal como a New York do Sinatra, viveríamos na ‘city that doesn’t sleep’.
E há, claro, o famoso homeworking, que é a possibilidade de se trabalhar em casa. Fico dividido nessa opção. Se por um lado você faz seu horário calmamente, é necessário uma disciplina tenaz para evitar os constantes assaltos à geladeira ou ficar com a TV ligada. Enfrentar o trânsito é terrível, mas a interação e brincadeiras com os colegas de trabalho, bem como a saída em grupos para ir almoçar (em um lugares diferentes) não encontra substituto no solitário trabalho em casa. Essa é, definitivamente, uma escolha muito pessoal.
Emílio Calil é empresário, palestrante e mentor de líderes. Fundador da Quickening, atua no desenvolvimento humano e corporativo unindo ciência, espiritualidade e estratégia de negócios. Com experiência em marketing, comportamento e gestão, ajuda empresas e pessoas a integrarem consciência e performance no cotidiano.
