Para embutir as matérias de Sociologia e Filosofia (entenda por isso “doutrinação marxista”) no ensino médio das nossas escolas, optou-se por reduzir a carga horária das aulas de História. Decisão tão conveniente aos esquerdistas, em especial aos acéfalos do PT, que passei dias ensaiando um texto sobre o assunto. Como tudo o que me vinha à mente eram opiniões impublicáveis, recomendo muito lerem esta crônica aqui, à qual assino embaixo: A História, essa senhora inconveniente.
Aos meus leitores que possuem filhos em idade escolar, eu recomendaria um diálogo com os jovens, algo como: “Olha filho, sabe tudo o que a professora te ensina sobre Sociologia e Filosofia? Então, é tudo mentira, tudo besteira. Mas faz de conta que você acredita pra poder ir bem na prova, tá?”.
Aos meus leitores que porventura estão para enfrentar essas novas matérias decrépitas, cujo único objetivo é lhes fazerem uma lavagem cerebral, meus pêsames. Que posso eu dizer? Cuidado! Agarrem-se às suas capacidades de pensar por si mesmos, de analisar, de tirar conclusões Agarrem-se à liberdade individual de escolha, não se tornem parte de uma colméia cuja abelha-rainha é um ser monstruoso que nada mais prega a não ser ódio, derramamento de sangue e distanciamento dos únicos valores reais que podem fazer uma civilização evoluir.
Emerson Freire
Nossa, esse é um texto do Janer que dá gosto de ler, pena que ele perde tanto tempo com sua militancia anti-católica, ainda que, até mesmo nessas horas ele diga coisas com muita razão.
Só não concordo com ele no que diz respeito a Filosofia, digo Filosofia de fato, não me referindo ao doutrinamento marxista. Quando ele diz que uma teoria filosófica suplanta outra é verdade, mas esquece que existem as teorias que se tomam volume com outras e delas surgem idéias e ideais maravilhosos. Logo, não acredito em Filosofia como perda de tempo.
Só que o mais interessante disso tudo é como o Janer é paradoxal, se fuzila a Filosofia filosofando. Janer está certo quando diz que o que existe são “filosofias”, e inclusive existe a dele, Janer é filósofo também, e dos bons.
Emerson Freire
Outra coisa, acho que não precisa se preocupar com as aulas de Filosofia nas escolas públicas Emílio, porque lá ninguém aprende nada. O que sei de História, Filosofia, Psicologia e Sociologia hoje (e que não é muita coisa), aprendi sozinho. Só tive um professor bom de Filosofia e só por um ano. História só tive um professor bom, mas a sala era tão bagunceira que ele desistiu de nos ensinar, e eu que saí prejudicado, Sociologia não tinha na minha época e a única professora boa de Psicologia que tive deu-nos aula apenas do meio do ano até o fim e mesmo assim não cumpriu todos os dias.
Isso era a escola pública, hoje está pior. Minha filha deu sorte de estudar numa escola com professores interessados e que não cumprem a cartilha do governo, por conta própria dão “algo mais” para os alunos. Mas nem todos tem essa sorte infelizmente.
Emerson Freire
Nas escolas públicas não vão aprender nem marxismo. O que vai acontecer é que não aprenderão História (pois a carga horária foi reduzida), nem Filosofia (pois a maioria dos professores aprendem Filosofia em livros de auto-ajuda) e Sociologia que depende tanto de História quanto de Filosofia nem sequer vai sair da definição do termo.
rok
Não concordo. Se o marxismo levou a crimes, isso não o desqualifica enquanto filosofia. Além do mais, conhecer o marxismo não significa encarná-lo como doutrina. O problema é que, conhecendo-o, corremos o risco de compreender porque, por exemplo, a cada ano, acumula-se mais riqueza num lado, e mais miséria no outro. Não se trata então apenas de abraçar o comunismo; estamos falando principalmente em rejeitar o capitalismo. Conhecer os crimes do comunismo não implica em desconhecer os crimes do capitalismo, e eles existem, meu amigo, desculpe. O problema real é: faz bem alimentarmos a desilusão? Eu, particularmente, acho que não. Não em acreditar em nada, nem em capitalismo nem em socialismo, nem numa terceira via, é o que nos faz mais mal. Porque abandonamos a coletividade para pensarmos só em nós mesmos. Em nossa família e amigos, pelo menos, vá lá.