Não confie na memória

postado em: Tecnologia 2

Ando sem tempo de escrever aqui, mas estou cheio de idéias. Na verdade, uma das melhores coisas que eu já fiz foi não mandar arrumar o rádio do meu carro. Assim consigo deixar a imaginação correr solta enquanto estou parado no trânsito. E considerando o trânsito de São Paulo, a criatividade vai longe.

Faço isso não apenas no carro. Se estou andando na rua, esmagado no ônibus ou enlatado no metrô, gosto de ‘usar a cabeça’ como válvula de escape da balbúrdia. Fico concentrado nos meus projetos, em novas idéias, novas possibilidades. Chego a viajar mesmo, perdido em pensamentos. O grande problema disso, entretanto, é que em trânsito fica complicado de anotar tudo o que vem à mente. Mesmo que eu andasse com um bloco de papel e caneta, nem sempre é possível fazer anotações no momento em que as idéias surgem. Tenho que confiar na memória e esperar até estar diante de um computador para anotar tudo.

E falando em computador, um dos meus maiores aliados nesse quesito é o Office OneNote 2007. Como só trabalho com o Word e Excel, costumo ignorar os outros programas do pacote Office – na verdade, sequer os instalo. Mas abri exceção ao OneNote depois da insistência do pessoal do serviço. Adorei o programa. É um ‘bloco de notas anabolizado’, ótimo para ir rascunhando tudo o que vai à cabeça, separando idéias por pastas, páginas, abas ou cores. Além disso, a vantagem é que ele salva tudo automaticamente – basta fechar o programa e abri-lo novamente para continuar o texto de onde parou. Tem sido meu fiel companheiro quando estou no micro e surge aquela idéia instantânea (o famoso “e se…?”) que desaparece em poucos segundos. Antes que desapareça, jogo no OneNote – nem que seja só uma palavra. Mais tarde volto às ela e vejo com calma se é realmente boa ou cretina demais.

O famoso ditado “não confie na memória, escreva” nunca encontrou tão perfeito lugar como nos dias corridos de hoje.

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Empresário, Palestrante e Escritor. ⚡ Fundador do Marketing de Transformação, que emprega técnicas de autoconhecimento e coerência para elevar o espírito de pessoas e empresas.
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2 Responses

  1. Emerson Freire
    | Responder

    Quanto ao rádio quebrado tudo bem, mas pelo menos coloque um CD de Mozart, pensar é bom, ouvindo Mozart melhor ainda. No metrô e trem eu venho de fone, ouvindo música, senão acabo ouvindo alguma conversa nada proveitosa de alguém e as músicas escabrosas que os motoristas de lotação adoram ouvir.

  2. Emerson Freire
    | Responder

    Sem falar que segundo alguns estudos Mozart ajuda na memória, e acredito que isso seja verdade mesmo.

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