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Dicas de Gramado: o Lago Negro e a Velha Bruxa

Continuo minhas dicas de Gramado, iniciadas no texto anterior. No segundo dia minha esposa e eu nos empenhamos em cumprir o árduo propósito da viagem: Relaxar e curtir momentos de paz. Para isso fizemos nosso próprio roteiro, ignorando passeios turísticos.

O melhor de Gramado se descobre a pé, basta que você se disponha a caminhar. Foi o que fizemos. Havia um lugar que estávamos ávidos para reencontrar e para o qual fugiríamos todas as manhãs: o Lago Negro. Saíamos bem cedo e rumávamos para lá, enfrentando boas ladeiras acima — como estava frio, o esforço não era tanto.

Gramado: Lago Negro

Cartão-postal de Gramado e uma das atrações mais visitadas, o Lago Negro é um lago artificial em forma de ‘U’, com margens repletas de árvores trazidas da Floresta Negra, na Alemanha (daí seu nome). O lugar emana uma paz indescritível. Iniciávamos todos os nossos dias lá. Fazia 6 graus de manhã e um silêncio inefável pairava sobre o lago, quebrado apenas pelos nossos passos e pelo canto etéreo dos pássaros, como tímidas preces saudando com mansidão o novo dia.

O lago não é grande, você o percorre em 10 ou 15 minutos. Mas escolha um banco, sente-se em silêncio e aprecie a paisagem. Deixe seus pensamentos se perderem e uma ou duas horas passarão sem perceber. Ao sair, você não será a mesma pessoa que entrou. Não importa quantas fotos ou vídeos você veja, só entenderá minhas palavras quando estiver lá.

Outra experiência fantástica é apreciar o pôr-do-sol no Lago Negro, quando turistas e moradores vão para lá sentar na grama, tomar chimarrão e curtir o final da tarde. Que melhor forma de encerrar o dia do que essa?

Veja abaixo um vídeo e fotos do Lago Negro

Gramado: Vale do Quilombo e Rua Coberta

À tarde fomos bater pernas pela cidade, relembrando lugares que nos encantaram antes e descobrindo outros novos. Uma das paradas que nos surpreendeu foi o Vale do Quilombo. Para se chegar a ele, siga pela Av. das Hortênsias em direção a Canela, após o cruzamento com a Av. Borges de Medeiros. Em poucos minutos verá um mirante com vista para o Vale do Quilombo. Apenas pare e observe. É de tirar o fôlego.

Depois fomos recepcionar duas ilustres companhias que chegavam a Gramado, minha cunhada e sua prima, que passariam os próximos dias conosco. Para o almoço de boas-vindas, elegemos um restaurante na charmosa Rua Coberta no centro de Gramado, em frente ao Palácio dos Festivais, onde ocorre o Festival de Cinema de Gramado. É uma rua larga, repleta de lojas e restaurantes.

Para acompanhar os pratos, decidimos conhecer a cerveja local, a comentada Rasen Bier, a ‘cerveja de Gramado’ (em Roma, como os romanos). Pedimos as versões Âmbar Ale, mais forte e amarga, e a clássica Pilsen. Ambas excelentes, artesanais e de sabor marcante. Nem só de vinho vive a gastronomia local, e a Rasen Bier é prova disso. Com fama em ascensão, alguns bares e restaurantes em São Paulo já oferecem a Rasen.

Após o almoço, fizemos a tradicional caminhada pela Av. Borges de Medeiros, encerrando o dia em um dos lugares mais adoráveis da cidade, a Casa da Velha Bruxa.

Veja fotos do Vale do Quilombo e da Rua Coberta

Gramado: Casa da Velha Bruxa

Lugar recorrente de nossos dias lá, a Casa da Velha Bruxa é um café que fica no coração de Gramado, a poucos metros da Rua Coberta. O lugar serve receitas especiais feitas à base de chocolate Prawer, o primeiro chocolate artesanal do Brasil, além de boa variedade de lanches.  A casa passou por bela reforma neste ano, assumindo ares de um simpático chalé. Escolha uma das mesas na calçada ou, se estiver frio, aconchegue-se no interior, peça um chocolate quente (de difícil escolha no menu) e fique ali batendo papo ou observando o movimento na rua.

Nós íamos praticamente todos os dias à Velha Bruxa — fosse para um lanche ou um chocolate quente. O importante era refestelar-nos ali e desfrutar bons momentos. Como gosto de observar pessoas, a casa oferece ótima oportunidade para isso: Enquanto estávamos lá, uma mãe e seu filho provavam um waffle com sorvete enquanto esperavam o pai; dois amigos dividiam risadas e uma pizza; três gerações de senhoras debatiam assuntos de família enquanto enfrentavam sobremesas que fariam você tremer; uma adolescente encarava sozinha um poderoso sundae e várias pessoas paravam para um café. Enfim, é lugar para ir sem pressa.

Se você for a Gramado, a Casa da Velha Bruxa é parada obrigatória. Não vou recomendar nenhum prato em especial. Apenas sente-se, peça o cardápio e deixe a criança que existe em você escolher a maior, mais apetitosa e colorida opção que puder encontrar.

A terceira parte da viagem você confere aqui »

Veja algumas fotos da Casa da Velha Bruxa

Emilio Calil

Empresário, Palestrante e Escritor. ⚡ Fundador do Marketing de Transformação, que emprega técnicas de autoconhecimento e coerência para elevar o espírito de pessoas e empresas.

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Emilio Calil

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