Chego à última parte das minhas dicas de passeios em Gramado (veja aqui a parte 1, parte 2, parte 3 e parte 4). Guardei para este “finale” uma homenagem àquela que se tornou uma das razões pelas quais nos apaixonamos pela cidade: a Avenida Borges de Medeiros. Parte do meu coração, eu o perdi nessa avenida anos atrás.
A Borges de Medeiros é uma das principais vias de Gramado e um de seus pontos turísticos e econômicos. Nela estão vários estabelecimentos que lhe conferem o status de ‘shopping a céu aberto’, além de ser palco de desfiles comemorativos, em especial no fim do ano, quando é decorada para receber o famoso Natal Luz. Além disso, a Borges também é palco da história do belo livro Uma Janela Para Nove Irmãos, o qual estou lendo no momento e em breve publicarei aqui a crítica.
A avenida abriga contrastes harmoniosos: Lojas e restaurantes de preços os mais variados estão à sua espera. Porém, o melhor de Gramado é grátis. Tudo o que você precisa fazer para se encantar é andar.
Procure páginas sobre Gramado no Facebook e verá incentivos diários a caminhadas pela avenida. Não é à toa, a cidade convida ao bater de pernas: Belas e coloridas construções em estilo bávaro despontam aqui e ali, enchendo os olhos e transmitindo a sensação de fazer parte de um cenário vivo, numa mescla de ar interiorano com elementos de luxo.
Para qualquer lugar que você olhe, é lindo. Há um cuidado com detalhes e decorações que encanta. Se você está habituado à cinzenta correria de uma cidade como São Paulo, será tomado por um aperto no peito e um nó na garganta que o farão desejar que amigos e familiares estejam ali, desfrutando o momento ao seu lado — e no final das contas, acho que é isso o que eu faço quando escrevo sobre Gramado: quero que os leitores sintam o que eu sinto.
Gramado causa em mim um efeito curioso. Quem me conhece sabe que sou um introvertido assumido. Mas ali, cercado pela arquitetura da Borges, num frio agradável e sob um límpido céu azul, não poucas vezes me peguei puxando conversa com estranhos e me oferecendo para tirar fotos de turistas — nem minha esposa me reconhecia.
Claro, nem todo mundo vê Gramado como eu vejo. Seu estado de espírito ao viajar para lá definirá suas impressões. Para uns, será só mais uma cidade a se visitar. Para outros, um lugar caro para compras. Outros ainda ficarão alheios a toda a beleza.
Mas dispa-se de anseios, esqueça compras e passeios cronometrados. Apenas ponha-se a caminhar, tomando consciência de cada detalhe. Veja ali os belos adornos daquele banco. Repare no verde vivo dos canteiros da Borges. Retribua o sorriso que os lindos prédios lhe oferecem. Junte-se aos calmos habitantes lá na praça. Feche os olhos e sinta o que minha esposa apelidou de “o cheiro de Gramado”, uma mistura de ar puro, lenha queimada e fragrâncias das lojas de perfume e essências. Eleva teus olhos para os telhados alemães riscando o céu azul. Ali ao longe, a fumaça de uma lareira sussurra palavras de aconchego. Note como o fúlgido pôr-do-sol acaricia casas e avenidas com ternura e reverência. Contemple o anoitecer mágico, quando tudo assume uma coloração azul escura e as luzes douradas vão despontando aos poucos, feito um enorme brinquedo recém-ligado. Sente-se ali naquele banco da esquina por um momento e pense: Todo esse espetáculo não lhe custou um único centavo.
Como nem só de contemplação vive o turista em Gramado, listo a seguir alguns lugares que valem uma visita. Quando você estiver andando pela Borges, conheça a Rua Coberta e a Casa da Velha Bruxa, que já mencionei antes. Entre nas lojas de chocolate da Prawer, Lugano e Caracol — cada uma muito bem decorada e com produtos irresistíveis. Conheça a Casa do Colono, na Praça das Etnias, e compre produtos originários das colônias alemãs e italianas, como geleias, pães, salames, queijos e vários outros (ah, sim, eles só aceitam dinheiro vivo). Caminhe pelo deck em frente ao Lago Joaquina Rita Bier e encante-se com a paisagem. Visite o Palácio dos Festivais, onde ocorre o Festival de Cinema de Gramado. Entre na encantadora loja Atelier da Marchetaria, que vende belíssimos enfeites e decorações — apesar dos preços um pouco salgados, você vai querer levar tudo. Pare um pouco na Praça Major Nicoletti para apreciar o movimento. Para mais compras, vá até ao belo Largo da Borges, um boulevard repleto de lojas, restaurantes e livrarias.
Finalizo por aqui a série de textos sobre Gramado — acho que exagerei, então chega! Se você for para lá, espero ter oferecido algumas boas dicas para seu proveito. E se estiver programando sua viajem para 2014, me avise. Quem sabe não nos esbarramos por lá?
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legal demais suas dicas morei um ano na cidade tudo o que vc diz é maravilhoso e real, gostei mt da cidade e pretendo voltar . Neri Marcos Formosa Do Rio Preto Ba.